quarta-feira, 15 de julho de 2009

Boa noite, cinderela.

Eu não estava sendo racional e nem queria ser.
Ainda não quero.

Vai embora racionalidade...
Não te quero em mim.
Não te quero aqui, não te quero agora.


Quero escrever o desconexo,

mas o desconexo burro.
Burro, errado, extremamente incorreto, imperfeito, burro.


E que além da minha burrice eu quero transparecer a loucura.

Não a loucura bela de
homo demens, artístico, poético.
Eu quero transparecer o patólogico, a carne viva, o vômito, o grito, a paralizia, o desconforto.
O seu desconforto.


Eu quero, pois o que aparece é o que eu sou.
É parte finita do infinito que me forma.
É o fenômeno em mim que pode ser observado como fenômeno em si.

Nada basta pra mim.
Eu quero o que eu não vejo,

eu quero o que eu não sei,

eu quero o que eu não sinto.
Exceto pela morte.
Eu dispenso a morte.
Afasta de mim esse cálice.
Eu me nego. Eu a nego.

Se ao menos eu pudesse saber que o infinito que me forma é o realmente o infinito...

Puta merda... De novo a realidade?

Por que tudo tem q ter a importância do real se nele só existe a desvantagem de ser finito enquanto consciência?


Pessoa,

Elvis morreu de verdade...

Bebeu como um filho da puta e morreu.

Branca de Neve morreu com uma maçã,
gostosa por sinal.

A diferença é que a Branca de Neve levantou com um beijo
e Elvis foi comido por vermes.


Eu nego o real,
o finito,
a morte,
a verdade.

Eu quero a dor da dúvida e a anestesia do que é fantástico.


"Quando eu crescer, eu quero ser infinita
"

Ei,
pessoa...

caso você queira saber...

Eu cheguei em casa...
Vim à pé, avariada, mas cheguei.
Caí em mim e voltei ao tipo 4.

Eu mudei muito,
mas a relação sempre existiu.

E por ser relação há de estar relacionada.
rsrsrsrs.


Vou dormir.

Espero só acordar com um beijo.
Boa noite.

[Ainda sem fazer sentido, porque estou a escrever o que sai... Sem ordem e sem a obrigatoriedade de fazer relações. Simplesmente sai. Feio como é.]

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avariada.

By ~azura-lizzy on deviantArt

Engraçado...

O ultimo post parece uma previa do sentimento louco de agora.
Como eu pude?

Estou voltando à pé para casa... Avariada,
pois sobrou o que sobra dos corações abandonados.

A diferença é que ao invés do amor... eu tive uma compulsão neurótica.
Investi no objeto... Gostei, gozei, gozei, gozei, perdi.

Me encontro agora avariada...

Pessoa, olha:

"A pessoa por quem a gente se apaixona sempre é uma invenção. Dificil saber onde começa e onde acaba a representação de um sentimento. Hoje eu chorei muito e uma hora eu vim me ver chorando (no espelho). Eu estava sofrendo de verdade e ao mesmo tempo eu era espectadora da representação do meu próprio sofrimento"

Outra coisa engraçada...

Nessa caída a 200km/h eu notei como eu estava longe da realidade...
Talvez porque eu nunca tenha me importado muito pra realidade.
Talvez porque eu nunca soube o que era a realidade.
Talvez porque eu saiba que eu nunca vou saber o que é a realidade.

Pois então...

Partindo do conceito senso comum... eu estava bem longe dela.
Substitui o real pela fantasia.
Inventei um objeto.
Inventei um sentimento.
Inventei uma estória.
E o objeto, o sentimento e a estória...
não se fez.

Mais uma vez... a avaria.

Eu preciso voltar ao Eu,
Mas não sei o caminho.
Eu só vejo o Eu no outro.
E o outro não quer me dar o Eu.

Avariada. O estrago em si é porque falta uma parte.
Uma parte? Duas partes. Duas partes?
Partes...
Posso ser quase o nada agora.
O que sei de mim é só fantasia.
Você não me vê,
pois o que resta... está dentro.
E o dentro não existe do lado de fora.

Estragada.

Mas,
sabe o que eu queria?
Não queria deixar a fantasia...
Queria que alguém fantasiasse, como eu, um amor louco, incongruente, inexplicável, dolorido...
Inventado
e verdadeiro em toda a sua representação para si...
E que esse amor louco...
fosse meu.

[Fez sentido na minha loucura.]